domingo, 6 de outubro de 2013

1 - Korá - Onde tudo começou....

Conheci a Korá quando, de amigo em amigo, fui achado por Salloma Salomão que apareceu com o instrumento nas mãos.

Korá - a Harpa Africana

 
Vale dizer que eu era (e ainda sou..) harpista e foi por este mote que ele chegou até mim, supondo que eu poderia me adaptar ao instrumento e participar de seu CD.

Salloma e tambores africanos

A participação ocorreu e começamos então um convívio musical, pessoal e nossa amizade já dura muitos anos. "Executei" a Korá da melhor forma que pude, mesmo porque Salloma apenas queria a sonoridade do instrumento em suas músicas, enquanto eu nunca me interessava em tornar-me um koralista.

Assim, nestes mais de 10 anos, foram idas e vindas de Korás em minha casa. às vezes, elas ficavam meses comigo e eu, de tempos em tempo, "brincava" um pouco com ela. Obviamente, quando íamos gravar ou tocar, tirava os trechos necessário mas... só. Nunca me aprofundava mas desde sempre me perdoava porque, de fato, não tinha interesse e estava tudo certo então. Mesmo assim, tocávamos bastante, viajávamos e tudo seguia a contento.

Com Salloma em Rio Braco - Acre




Gravação de um dos CDs de Salloma salomão - 2011
Todavia, somos como um balaio cheio de coisas a baterem umas nas outras... Como a própria cabaça de que é feito o corpo da Korá! Quando colhida é cheia de sementes que ficam a se bater lá dentro. E num desses balanços do balaio, prá lá e pra cá, alguma coisa lá dentro se acomodou numa posição não convencional, por que não dizer, inconveniente... De repente, comecei  a mexer e remexer a internet para ver africanos, europeus e até brasileiros tocando a Korá, e fiquei extasiado... Na verdade, subestimei o instrumento, sua sonoridade, sua história, a cultura de que emerge. Subestimei tudo e profanei seu santuário com minha leitura desleixosa. Ah! É a pura verdade, e só admitindo os fatos, mesmo quando dolorosos, podemos seguir em paz.

Eu e Salloma em sua casa - 2012

Assim, a partir de agora, começo o trajeto novamente começando pelo processo "zero": Fazer uma Korá!
Bem...  também sou "meio" luthier e assim é-me um prazer a pena de começar por isto.




 Para acompanhar o processo, é só seguir nossas postagens!



A economia nas palavras será fundamental para atentarmos ao grosso do assunto.

Obviamente, ouviremos o som dela em breve!

Saudações

RT

4 comentários:

  1. Puxa vida rapaz!!!!! Sou levado a crer que nunca se deve deixar de plantar. Odorei o texto, pela simplicidade, pragmatismo e sinceridade. Parabens

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    1. Caro Companheiro. Espero que o pragmatismo não emperre desta vez... rs... Também estou pagando para ver, como um observador privilegiado! Saudações e vamos caminhando aqui! abção

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  2. Maravilha Rogério, vou acompanhar. Sucesso, bjs!

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    1. Cara Amiga. Nossa amizade sempre avançando. Desta vez não me esqueci de você! Bjão e pro marcelo também! :)

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